sábado, 17 de setembro de 2011

CORAGEM, TRANSFORMAÇÃO, MUDANÇA É O DIÁRIO DO AP – CAPÍTULO 16

O dia de hoje, domingo 28/09/03, o sol estava discreto, mas aquecendo o sorriso da vida. Como já falei do Diário é que nasceu boa parte dos textos que escrevo. Foram momentos relatados em um lugar muito especial, num pequeno apartamento. Atenção: no próximo capítulo será revelado onde esta localizado o AP, não perca! O Diário era para ser um relato descompromissado e tomou outra proporção. Descobri não ser possível falar apenas com a boca, o meu coração acabava se manifestando. E assim, o Diário recebeu a roupagem necessária, a alma do meu coração. Passei a escrever sobre os desafios, as derrotas, as vitórias, os sonhos, as batalhas, a luta diária imposta pela vida. O espírito tomou o corpo do AP e ele passou a ter vida própria, falar com sentimento. Quando fui escrevendo a vida foi se transformando. Estava tomado pelo espírito do AP e a mudança na minha vida foi inevitável. Passei a analisar os acontecimentos com respeito, procurando aprender com as experiências recebidas dos dias. Era uma atenção interessante, oportunidade de conhecer melhor a vida e eu era a cobaia.  A minha vida foi tomando uma direção completamente diferente. Meu espírito vivia em paz, minha cabeça não parava de estudar as horas, transformei a minha vida. A mudança era grande, contínua sentia todos os dias, foi a minha revolução. Há muito escrevia, continuamente, todavia, agora era uma escrita forte, analisava tudo em meu Diário. Eram os atos, os sentimentos, a minha essência. Fui descobrindo que com essas análises me sentia cada vez mais alimentado, espiritualmente. Passei a desconfiar dos meus próprios textos, que se tornaram compulsivos. Eram feitas todas as formas de considerações sobre os dias que corriam. A minha mão passou a ser instrumento de minha consciência mais profunda ou a de alguém que analisava a vida do mundo. Uma parte de mim relatava apenas o dia-a-dia do AP e a outra parte falava de uma vida cheia de questões profundas, de como se poderia viver melhor. A minha mão passou a ser a minha boca, que não parava de escrever todo o tipo de assunto. Por vezes sentia que minha mão não era mais do meu corpo e sim de outro que caminhava a meu lado e passou a escrever comigo. A transformação, coragem e mudança tomaram meu espírito. Eu não era mais a mesma pessoa! Agora, quando tanto escrevi, analisando os fatos da vida, vejo não ser assim: não posso relatar apenas a parte material do AP. O Diário se transformava num livro contendo lições de vida e eu era o seu relator e sua experiência. Quem escrevia comigo ditava o assunto do dia e minha boca-mão escrevia o que era ditado. Passei a escrever ora como um relato, que era o objetivo, ora com o espírito do coração. Enxergava a vida com esplendor dos sentimentos e com a sabedoria de quem eu me transformava.

Nesse dia escrevi o texto a seguir, que é apenas um trecho:

Final do dia: pare, pense, medite sobre as curvas perigosas do dia, ou sobre as retas onde o horizonte sorri. Retrate um resumo do que aconteceu, pense, medite. Procure melhorar o que aconteceu nas curvas perigosas do dia. É bom avaliar, tente aperfeiçoar, corrija a sua estrada. Cuide de como guia seus pensamentos, não os coloque em risco. Não se choque com os pensamentos contrários aos seus, respeite-os. Pare no bar da reflexão e com calma beba momentos de sabedoria. Não atropele a conversa que terá com suas análises. Lembre do que de bom o dia lhe proporcionou, separe-os. Coloque a cabeça na tranqüilidade dos depoimentos que teve com esses eventos. Assim são os dias que se corre aproveitando o sol e as estrelas, pois quando paramos para pensar enxergamos as boas coisas da vida. Não esqueça: somos os reis do mundo. O nosso reino são as horas; os súditos minutos; os conselheiros segundos. PARAR, PENSAR, MEDITAR, ENXERGAR AS COISAS BOAS, APROVEITE O DIA!

Durante os dias que se sucedem devemos parar e meditarmos. A análise é o complemento do dia trocado em resumo. Pegamos a síntese da prancheta do tempo e fazemos a reflexão. Quanta coisa boa ocorreu. Onde não foi bom podemos estudar e melhorar. Colocamos a sabedoria em prática e concluímos o que é material com a razão. O que for sentimento usamos os cálculos do coração. No final de tudo que meditamos concluímos como um bom mediador. Então, deitamos e dormimos o sono dos justos.



Abraço a todos, até o próximo capítulo.

Até já meu AP!


VILLARDO PRIOR

Nenhum comentário: